Neste espaço vamos dar dicas gerais de pesca, tanto no mar quanto em rios ou represas e até dicas para uma boa pescaria em pesque-pague...
Águas-vivas e Caravelas
Como agir em caso de acidente
Por Marcelo Szpilman
Águas-vivas e caravelas vagam
pelos mares ao sabor das correntes e ocasionalmente podem provocar acidentes
quando banhistas se aproximam e, inadvertidamente, chocam-se contra os
tentáculos desses seres. No verão, época natural de reprodução de muitas espécies,
formam-se grandes agregações onde machos e fêmeas se encontram. Ocasionalmente,
uma corrente marinha pode levar esses animais a se aproximarem das praias e a
maior interação com homem costuma provocar um correspondente aumento no
número de acidentes.
Como estamos em pleno verão e
diversos casos já foram relatados na mídia, seguem seis recomendações básicas e
úteis sobre como agir em caso de acidente. Sugiro, no entanto, que você leia o
texto completo que segue abaixo com interessantes informações sobre esses
animais e recomendações mais completas de tratamento.
1 - Saia da água e lave
o local atingido com água SALGADA. Jamais use água doce.
2 - Não tente remover os
tentáculos aderidos esfregando areia ou toalha.
3 - Banhe a região com vinagre por
cerca de 10 minutos.
4 - Remova os restos de tentáculos
aderidos com uma pinça.
5 - Lave mais uma vez com água do
mar e reaplique o vinagre por mais 30 minutos.
6 - Dores e reações inflamatórias
reagem bem aos analgésicos e corticoides, respectivamente.
Mecanismo Inoculador de Peçonha
Águas-vivas e caravelas são
animais peçonhentos de corpo gelatinoso que utilizam os tentáculos orais para
caçar suas presas habituais __ de larvas a adultos de crustáceos e peixes.
Esses tentáculos possuem milhões de células denominadas nematocistos, contendo
um fio tubular enrolado, que é projetado para fora, e um líquido peçonhento que
pode, em função da espécie, provocar grande irritação, intensa sensação de
queimadura e paralisia do sistema nervoso central. De quatro tipos, apenas dois
deles são capazes de provocar lesões no homem.
O tipo penetrante dispara com
incrível força de aceleração um micro aguilhão que perfura a pele e inocula a
peçonha. O tipo envolvente se enrola nos pelos da pele e, ao esfregarmos ou
coçarmos, devido à ação da peçonha já inoculada pelo nematocisto penetrante,
estouramos uma pequena bolsa e inoculamos ainda mais peçonha.
O sistema de descarga dos
nematocistos é ativado através de reações involuntárias do animal, como os
estímulos físicos (pressão ou esfregação) ou químicos (osmose provocada pela
água doce). Por isso, as águas-vivas e caravelas são perigosas mesmo depois de
mortas.
Primeiros Socorros
Há muita controvérsia,
especulações e opiniões conflitantes com relação aos procedimentos nos
primeiros socorros e no tratamento das lesões provocadas pelas águas-vivas e
caravelas. Ainda assim, deve-se atentar para os seguintes aspectos
progressivos a serem considerados:
1. O contato inicial com os
tentáculos resulta primeiramente em uma modesta inoculação pelos nematocistos.
2. Quanto mais tempo o tentáculo
permanecer em contato com a pele, mais nematocistos poderão ser descarregados,
já que as descargas são contínuas.
3. Uma substancial quantidade de
pedaços de tentáculo é arrancada do animal e gruda na vítima quando a mesma
entra em pânico e se debate próximo ao animal.
4. Os esforços subsequentes da
vítima, ainda dentro da água, para desvencilhar-se dos pedaços de tentáculo
aderidos, costumam resultar em um considerável aumento nas descargas dos
nematocistos.
Trata-se de uma situação realmente
difícil, onde a questão “deve-se ou não tentar remover os tentáculos ainda
dentro da água?” é levantada
com frequência. No entanto, observações e estudos dos acidentes têm resultado
em recomendações com maiores possibilidades de sucesso. Assim, ao perceber a
sensação de queimadura, a vítima deve esforçar-se ao máximo para manter-se
calma e conseguir sair da água o mais rápido possível, devido ao risco de
choque e afogamento, sem, porém, tentar remover com
as próprias mãos os tentáculos aderidos. Somente após chegar a terra firme é
que haverá a necessidade da remoção cuidadosa dos tentáculos aderidos à pele,
sem esfregar a região atingida, o que só pioraria a situação.
Com relação às substâncias
efetivas e capazes de desativar as descargas dos nematocistos e/ou diminuir a
ação da peçonha, há muitas opiniões conflitantes. Enquanto existem umas poucas
com comprovada eficácia, algumas são totalmente inócuas e outras podem até
mesmo aumentar a inoculação.
Soluções alcoólicas metiladas como perfumes, loções pós-barba ou mesmo bebidas
alcoólicas não devem ser utilizadas, pois em alguns casos podem induzir mais
descargas e/ou prolongar a agonia da vítima. Em contrapartida, o hidróxido de
amônia diluído a 20%, o bicarbonato de sódio diluído a 50% e o soro do mamão
papaia (antiga técnica usada pelos nativos havaianos) têm sido usados com
variado grau de sucesso para reduzir a ação da peçonha e desativar os
nematocistos dos tentáculos que ainda permanecem grudados no local lesionado.
Existem relatos não científicos de que a urina também teria efeito sobre a
peçonha. Como não há comprovação médica, seu uso é desaconselhável.
Apesar de ser efetivo para a
desativação das descargas posteriores dos nematocistos de apenas algumas
espécies, o vinagre (ácido acético de 4 a 6%) é largamente utilizado como inativador dos nematocistos, mas não tem qualquer ação
sobre a dor (que costuma diminuir passados 20 a 30 minutos do acidente). O
resfriamento do local da lesão, através da aplicação de bolsas de gelo logo
após o acidente, pode reduzir sensivelmente a dor local.
Os primeiros socorros e o
tratamento com comprovada segurança, e que devem ser seguidos, têm quatro
objetivos principais:
1. Minimizar o número de descargas
dos nematocistos na pele.
2. Diminuir os efeitos da peçonha
inoculada.
3. Aliviar a dor.
4. Controlar sua repercussão
sistêmica.
É importante observar e estar
atento para a vítima que é resgatada da água com euforia e grande atividade
física e que, de repente, torna-se calma e cooperativa. Esta mudança brusca de
comportamento pode significar uma séria manifestação de disfunção do Sistema
Nervoso Central (choque neurogênico) advinda do aumento nos níveis de
intoxicação sistêmica. A necessidade de reanimação cardiopulmonar, nesses
casos, pode ser iminente. A assistência ventilatória e outras medidas de
suporte hemodinâmico utilizadas em terapia intensiva podem ser necessárias nos
casos mais graves e complicados, que poderão também requerer o mesmo tratamento
aplicado para as grandes queimaduras por fogo.
Tratamento
A rotina de tratamento para uma
vítima de acidente com águas-vivas e caravelas deve seguir os seguintes passos:
1. A primeira medida é lavar
abundantemente a região atingida com a própria água do mar para remover ao
máximo os tentáculos aderidos à pele. Não utilize água doce, pois ela poderá
estimular quimicamente (por osmose) os nematocistos que ainda não descarregaram
sua peçonha.
2. Não tente, de modo algum,
remover os tentáculos aderidos com técnicas abrasivas, como esfregar toalha,
areia ou algas na região atingida.
3. Para prevenir novas inoculações
__ ao desativar os nematocistos ainda íntegros e também neutralizar a ação da
peçonha __, banhe a região com ácido acético a 5% (vinagre) por cerca de 10
minutos (as soluções de sulfato de alumínio ou amônia, ambas diluídas a 20%,
são alternativas para a falta do vinagre). É importante lembrar que o vinagre
não possui nenhuma ação benéfica sobre a dor já instalada pela inoculação
inicial.
4. Remova suavemente os restos
maiores dos tentáculos aderidos com a mão enluvada e com o auxílio de uma
pinça. Para retirar os fragmentos menores e invisíveis tricotomize
o local com um barbeador ou com uma lâmina afiada. Pode-se aplicar antes um
pouco de espuma de barbear em spray, lembrando-se de não esfregar a região.
5. Lave
mais uma vez o local com água do mar e reaplique novos banhos de ácido acético
a 5% (vinagre) por 30 minutos.
6. Para
remover os nematocistos remanescentes pode-se aplicar no local uma pasta de
bicarbonato de sódio, talco simples e água do mar. Espere a pasta secar e a
retire com o bordo de uma faca.
7. A dor
é, em geral, controlada através do tratamento da dermatite. Ainda assim,
pode-se utilizar analgésicos simples (Novalgina ou Tylenol) nos casos brandos e a morfina quando a dor é mais
intensa. Os anti-histamínicos e corticoides orais ou tópicos são úteis para o
tratamento das reações inflamatórias do tipo alérgica __ consulte sempre um
médico para orientação.
8. Havendo
reação alérgica/inflamatória, aplique uma camada fina de loção do corticoide betametazona (Betnovat) duas a
três vezes ao dia. Nos casos mais graves, utilize anti-histamínicos ou
corticoides orais __ consulte sempre um médico para orientação.
9. Em caso
de infecção secundária, será necessário o uso de antibióticos com amplo
espectro, tópico (bacitracina ou neomicina) ou sistêmico (ampicilina + acido clavulânico), de acordo com
a gravidade __ consulte sempre um médico para orientação.
Obs: o texto de primeiros socorros e tratamento
teve a importante colaboração do médico David Szpilman,
especialista em emergências médicas e salvamento aquático.
Técnicas para pesca do robalo
De modo geral, a melhor hora para pescá-lo é logo de manhã, bem
cedo, e ao entardecer. Já no inverno é perto do meio dia, o sol esquentando
bastante, parece acordar os robalos, que passam a ferrar um após o outro.
Quer me parecer também que a lua tem influência acentuada na pesca do robalo. Em todas as pescarias, venho observando o calendário, constatando que as melhores sempre foram feitas nos dias próximos à lua cheia. Em dias de vento e chuvisco é melhor ficar em casa, debaixo de uma coberta quentinha. Robalo gosta de dia claro, sol brilhando. Tempo de trovoada não conta, pois, antes do temporal cair, é excelente momento para se pescar.
Material de pesca
Pode-se pescar o robalo com material pesado e talvez até mesmo conseguir uma boa fiada de peixes. A graça de pescar, porém, não é "rebocar" um peixe até o seco, e sim usar arte e perícia contra força e instinto. Se saímos cedinho de casa, enfrentando muitas vezes o escuro e o frio, e vamos até a água em busca de uma boa briga, não há porque encurtá-la, arrastando o peixe, sem antes senti-lo, vê-lo brigar, correr, levar linha, para só depois trazê-lo devagarzinho, prancheando do nosso lado.
Material leve e bem balanceado. Vara fininha, boa flexibilidade. Para sentir o peixe e não haver perigo de rebentar sua boca, na hora da ferrada. Linha 0,20 a 0,30 e molinete pequeno. Freio bem regulado para não haver perigo de romper a linha. Se for peixe brigão, raçudo, deixe levar a linha. O gostoso é a briga. Numa caixa, material sortido. Anzóis de vários tamanhos, giradores, bóias e chumbos. Dê sempre preferência às garatéias. Como a boca do robalo é muito sensível, a garatéia, prendendo-se em mais de um lugar, diminui a chance do peixe se soltar, depois de ferrado. Bóias grandes, modelo número 8 para cima.
Na escolha das iscas artificiais, a preferência recai sobre os plugs de meia-água. Tamanho médio, de 5 a 10 centímetros.
Não esqueça um puçá ou bicheiro, peças importantes, na hora de retirar o peixe
da água.
Iscas: técnica para as
naturais
Predador por excelência, o robalo só ataca presas em movimento. Se for usar iscas naturais, elas devem estar bem vivas, com os movimentos normais. Se usar iscas artificiais, é preciso dar-lhes movimento para levar o robalo ao ataque. As iscas naturais mais comuns são o camarões e pequenos peixes vivos. É ponto primordial saber iscar corretamente um camarão ou peixe. Além de estar bem segura ao anzol, deve-se procurar não afetar as partes sensíveis da isca, para dar-lhe o maior tempo possível de vida e movimento. Ao contrário de quando se usa isca morta, o anzol deve ferir e tocar o menos possível a viva. Mesmo que a ponta apareça, ao invés de cobrir todo o anzol, faça-o penetrar um lado da isca, para sair do lado oposto, sempre em regiões não sensíveis.
O camarão, no alto da cabeça, tem uma espécie de chifre, cuja base é bom local para se firmar o anzol. De um lado para o outro. Ou ainda o rabo. No peixe, faça o anzol penetrar numa narina e sair noutra. Ou isque-o pelo rabo.
Artificiais: uma opção superior
Ultimamente vem crescendo o número de pescadores adeptos das iscas artificiais. O maior obstáculo que elas encontraram foram, sem dúvida, a desconfiança e incredulidade do brasileiro. Quando em outros países são usadas pela maioria dos pescadores há várias décadas, ainda hoje no Brasil, apenas um pequeno número de esportistas do anzol as conhecem. Para a pesca do robalo, considero-as superiores às iscas vivas. A começar pelo custo. Investe-se apenas uma vez, e não é mais preciso perder tempo e gasolina procurando iscas naturais. E nem sempre é possível consegui-las. A própria pescaria ganha mais emoção e movimento, uma vez que é preciso usar de toda técnica e perícia para enganar a presa.As colheres são boa opção. Há as niqueladas, amarelas, listradas, com um anzol fixo, com garatéia móvel, enfeitadas com penas, entre outras. Dentro de suas características, todas boas. Mesmo ferrando com colheres, não são, porém, a isca ideal para o robalo. Ele é peixe de meia-água, não tão rápido como o dourado. A isca precisa ser recolhida a uma velocidade de média a lenta. Se recolhermos devagar uma colher, ela irá ao fundo, com chances de enroscar em paus ou pedras, sem encontrar o habitat do robalo. Se a recolhemos rapidamente, por sobre a água, nem sempre o robalo tem tempo de abocanhá-la na sua corrida.
Plug é a denominação de uma variedade enorme de iscas, feitas de plástico, madeira, alumínio, borracha, todas tentando imitar em sua forma, cor, movimento, pequenos peixinhos. Têm uma garatéia no final do corpo, no lugar do rabo e mais uma ou duas debaixo da barriga. As cores e formatos variam muito, de acordo com a procedência. O gosto do pescador influi muito. Se gostar de determinada isca, vai usá-la mais vezes que outra menos simpática. É lógico que então vai pegar mais peixes com a isca de sua escolha. Daí não se pode dizer que esta é melhor que aquela. Uma combinação de cores mais vistosa, com mais brilho dentro d'água, porém, vai chamar mais a atenção do peixe. Basicamente, existem três tipos de plugs, classificados de acordo com a profundidade em que se pesca: de superfície, de fundo e de meia-água. Ao ser jogado na água, o de superfície bóia, e ao ser recolhido desliza sobre a água. O de fundo, pelo seu próprio peso, submerge, indo até o fundo. Esse tipo de isca deve ser recolhido logo que caia na água, para evitar que se enrosque em alguma tranqueira. Boa para pescar em águas mais fundas, no inverno. Quando em repouso o plug de meia-água permanece boiando. Tem no lábio inferior uma palheta colocada em ângulo, que o faz submergir, quando tracionado. Dependendo da velocidade com que é recolhida, afunda mais ou menos. Quanto mais rápido, mais afunda. É a isca ideal para o robalo.
Estamos
entrando no verão, está chegando na hora da pescaria a um dos peixes mais
esportivos do nosso litoral brasileiro, o peixe Espada.
Este peixe praticamente é pescado o ano inteiro principalmente no verão em
quase todo litoral brasileiro. Podemos encontra-lo em várias profundidades, em
mar aberto, baías e estuários. A noite eles se aproximam dos costões,
ancoradouros e praias profundas, podendo pesca-lo até 300m de profundidade onde
podemos capturar exemplares de no máximo três quilos e dois metros de
comprimento.
Sua pescaria é muito esportiva sendo ele um peixe agressivo e muito perigoso
para o pescador, pois o principal perigo está na boca dele, tendo uma boca
óssea muito dura, afilada e bicuda, provida de dentes salientes e assustadores,
sempre ao manusearmos devemos ter o máximo de cuidado pois a menor distração
sua, ele pode lhe atacar. Para manuseá-lo, é preciso além de habilidade,
um alicate pega peixe sempre a mão para assim poder evitar acidentes.
Os espadas fascinam pela sua força, pois eles são muito lutadores e são difíceis de vencer pois o formato de seu
corpo multiplica sua força dentro da água e desafia a ansiedade dos pescadores.
O espada já tem vários admiradores no Brasil.
Material adequado :
Usa-se normalmente varas de ação média pesada, o tamanho vai da preferência do pescador, linhas acima de
0,40mm com líder de linhas 0,60mm, bóias de tamanho
médio luminosas ou não, empates rígidos de no mínimo 15cm, snaps
e giradores de tamanho médio e anzóis ou garatéias de
tamanhos acima de 1/0, o molinete pode ser médio para grande.
Com este material você poderá pescá-lo em meia água ou fundo lhe proporcionando
uma emocionante pescaria.
Opções de isca:
Para o espada podemos usar várias iscas desde naturais até artificiais.
Podemos usar sardinhas, manjubas e pedaços de peixes cortado ao meio para
melhor iscar.
Temos também opções de artificial, podendo ser usado iscas me no mínimo 14cm
com garatéia reforçada. Modelos de iscas a serem
usados: com um bom resultado temos as Big Game 130FR de meia água, as Big Game
140FR, as Jab de meia água e a Kazan 130, todas da
Marine Sports e também contamos com a Miss Carna, de
superfície. Não esqueçam-se dos empates flexíveis de 30 a 40lbs.
Arremesso
É claro que temos que empregar alguma força para conseguirmos um
bom desempenho num arremesso, mas, não é tudo.
O conjunto de pesca é um fator determinante para arremessarmos, principalmente
se desejarmos dar um daqueles que vão depois da arrebentação buscar um peixe
grande.
Na Praia
Temos praias rasas e de tombo. Nas rasas, precisamos às vezes
entrar bastante no mar para conseguirmos botar os chicotes iscados no ponto
certo, enquanto nas de tombo, que afundam de modo bem mais acentuado, não
precisamos nos esforçar tanto.
O ideal para praia rasa é uma vara de ação pesada, ou seja, aquela que verga
pouco na hora do arremesso, enquanto nas de tombo podemos utilizar uma de média
ação ou usarmos uma pesada aplicando menos força no arremesso.
Tamanho não é documento
Não pense que com um caniço de 4,60 m. seu arremesso será melhor do que se
fosse de 3,60 m. O equilíbrio é fator primordial para um bom arremesso, assim
sendo, procure se adaptar bem ao seu material. Seu caniço não deverá
ultrapassar o dobro de sua altura mais, no máximo, 15%. Se, por exemplo, você
mede 1,70 m., seu caniço não deve ultrapassar os 3,91 m. para que você mantenha
o equilíbrio.
É claro que isto não é absolutamente invariável, pois, caso você já tenha se
adaptado a um caniço de 4,20 m. por exemplo, você estará demonstrando que
conseguiu uma resultante de equilíbrio variável. Não vá entretanto pensar que,
se mudar para um de 4,60 m. fará com que arremesse mais longe.
A chumbada
Há quem se iluda pensando que se colocar uma chumbada bem mais pesada irá
aumentar a distância. Lembre-se que não aconselhamos o uso de chumbada além do
limite permitido pela vara. Deixe sempre uma margem de 10 a 20% para evitar
surpresas desagradáveis e nunca esqueça de considerar o peso da isca, empate de
aço e demais complementos que estiver utilizando.
Quando arremessamos com bóia, quase sempre esquecemos
de considerar seu peso e, de repente, lá se vai uma ponta de vara.
Nas praias de tombo vale mais a precisão do que a distância do arremesso. É por
esse motivo que podemos usar varas de média ação.
Convém, seja qual for a vara que usamos, verificar o chamado "vento da
vara", ou seja, verificar se as passadeiras permanecem alinhadas no
momento em que a vara flexione, pois isto é fundamental para que se diminua o
indesejável atrito e o balançar excessivo da linha.
A linha
A bitola da linha é outro fator que contribui ou prejudica um bom arremesso.
Linhas superiores a 0,50 mm. normalmente prejudicam
muito. As ideais são as multifilamento, por
apresentarem maior flexibilidade sem detrimento da resistência. Cuidado pois
existem linhas multifilamento que são duras e extremamente abrasivas.
Os molinetes para praia devem ser grandes para que possam carregar um mínimo de
250 m. de linha.
Pescando na Praia
Todos sabemos que os dias de lua cheia e lua nova são mais propícios à pesca, principalmente na maré cheia ou durante sua cheia, pois é o período em que o peixe mais se aproxima da praia para buscar seu alimento.
Nas praias profundas e sem grandes ondas, chamadas também de "praias de tombo", é bem difícil sabermos onde fazer nosso arremesso com sucesso. Neste tipo de praia, o sistema de tentativa e erro é o único que pode ser usado, a menos que você veja uma coloração diferente em certa porção de mar, se existir, é ali que devem estar os peixes (mas não é certo).
Nas praias rasas, os peixes maiores costumam ficar nos "valos" ou "canais de praia". Localize este ponto observando cuidadosamente uma onda desde que se forma bem distante. Quando ela se quebrar, vai formar um rastro de espuma que se aproxima da praia.
Em um certo momento, a espuma some e se forma uma outra onda - aí é que mora o grandão !
Em função da maré e da movimentação de areia de fundo, podem se formar dois ou mais canais de praia. Você terá de arremessar nos canais que alcançar para sentir as beliscadas e ver qual deles é o mais propício à sua pesca.
Procure não se afobar e ficar fazendo diversos arremessos em minutos. Nos primeiros arremessos é aconselhável o uso de iscas bem grandes que servirão como se fossem verdadeiros "engodos". Após esta fase, use a isca de acordo com o peixe que pretende pescar.
Usando um chicote de três anzóis, coloque inicialmente uma isca de cada tipo em cada anzol e memorize a ordem para ver qual foi a mais atacada. Costuma-se usar uma isca de sardinha no de baixo, camarão ou corrupto no do meio, e tainhota no de cima. Lembre-se entretanto que tainhota é isca branca e pode atrair o baiacu arara.
Não se esqueça que a maior qualidade de um bom pescador é a paciência. Saber esperar o peixe é o que torna a pescaria um prazer.
Como soltar os peixes
Muito tem se falado, nos dias de
hoje, sobre o pesque-e-solte (catch and release) e alguns pescadores esportivos
costumam praticar esse tipo de pescaria, mas a prática de soltar os peixes,
apesar de bem-intencionada, pode não adiantar de nada se for feita
incorretamente. Siga estas dicas para não errar :
·
Nunca canse o peixe até a exaustão total.
·
Procure usar anzol sem farpa.
·
Procure evitar ao máximo que ele fique se debatendo no chão. Para
imobilizá-lo, segure-o pela região do pedúnculo caudal (entre o corpo e o rabo)
ou pela mandíbula (com um alicate, ou bicheiro, se tiverem dentes).
·
Deixe o peixe com a cabeça dentro da água para facilitar a
respiração. Deixá-lo fora d’água pode fazer com que seus órgãos internos sejam
comprimidos pela diferença de pressão.
·
Evite manuseá-lo com as mãos secas, para não retirar o muco
protetor.
·
Jamais coloque as mãos dentro dos opérculos do peixe (ossos que
protegem as brânquias).
·
Antes de soltá-lo, verifique se o anzol não perfurou os vasos sangüíneos nas brânquias.
·
Não faça movimentos muito bruscos para não causar stress.
·
Antes de soltá-lo, certifique-se de que ele está recuperado para
não tornar-se presa fácil de predadores.
Mas não fique acanhado de levar um belo troféu para a panela...
Anzóis Ecológicos
A pesca esportiva vem crescendo em todo o país, formando uma corrente de adeptos dispostos a preservar o meio ambiente. Por isso existe a preocupação em desenvolver produtos que incentivem o esporte e trabalhem em conjunto com os pescadores.
Os anzóis ecológicos são apropriados para a prática do pesque e solte (Catch and Release), pois não agridem a natureza. Eles são biodegradáveis, ou seja, possuem rápida oxidação. Foram testados no Rio São Benedito e Cururu, no Paraná, com várias espécies: Pacu, Matrinchã, Trairão, Tucunaré, Cachara, Jundiá, Pirarara e Bicuda. Estes anzóis criam um certo obstáculo natural na pesca de peixes esportivos, já que não possuem farpas. Na verdade esta diferença é mais um atrativo, pois o anzol liso gera maior dificuldade em segurar o peixe.
Os praticantes do catch and release tinham suas dúvidas com relação a eficiência dos anzóis normais. Muitas vezes os peixes conseguem romper a linha e acabam fugindo com o anzol na boca, podendo prejudicar a sobrevivência. Por isso é necessário que sejam fabricados com materiais que se dissolvam rápido.
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